A floresta autóctone em primeiro plano «Floresta autóctone – Plantar e Valorizar» é o nome do documentário realizado pela UTAD,
fruto das conclusões das duas primeiras edições de 2013 e 2014 das Jornadas sobre o Carvalho, coordenadas pela ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem,
Cávado e Ave.
A câmara dos realizadores José Paulo Santos e João P.F.
Carvalho varre paisagens minhotas de florestas autóctones e vai ao encontro de pessoas e entidades preocupadas com um futuro melhor para o território e para o país,
empenhadas,
por isso,
na promoção e defesa da floresta autóctone – António Freitas (Proprietário Florestal),
Associação dos Compartes da Freguesia de Campo de Gerês,
Associação de Defesa da Floresta do Minho,
Associação Mãos à Obra,
ATAHCA,
Centro de Competências do Carvalho e Folhosas Autóctones,
ICNF – Centro Nacional do Sementes Florestais e Viveiro Florestal de Amarante,
Quercus,
Universidade do Rio Grande do Norte (Brasil) e UTAD.
O documentário visionável online foi aliás apresentado no Museu de Vilarinho da Furna,
freguesia de Campo do Gerês,
concelho de Terras de Bouro,
que se realizaram no passado dia 25 de novembro,
aquando das III Jornadas sobre o Carvalho,
coordenadas pela ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem,
Cávado e Ave em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – UTAD,
Câmara Municipal de Terras do Bouro,
Associação dos Compartes da Freguesia de Campo de Gerês,
QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza,
Ordem dos Biólogos,
Associação Mãos à Obra (AMO).
Barroso é candidato a património agrícola mundial A região de Barroso quer candidatar-se ao Programa “Sistemas engenhosos do património agrícola mundial” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
No âmbito do processo de elaboração desta candidatura,
uma delegação da FAO visitou,
a 21 de novembro,
vários pontos e conheceu vários agentes do concelho de Montalegre para ganhar uma perceção do território e propor orientações para a futura candidatura.
Várias entidades – Direção Regional de Agricultura (DRA),
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD),
Universidade do Minho (UM) e a Associação de Desenvolvimento do Alto Tâmega (ADRAT) – estão,
neste momento,
empenhadas nesta candidatura que promete ser a primeira de Portugal e até,
quem sabe,
da Europa a este programa.
O Programa SEPAM
O objetivo geral do programa SEPAM é identificar e preservar tanto os sistemas engenhosos do património agrícola mundial,
como as paisagens,
a biodiversidade agrícola,
os sistemas de conhecimentos e a cultura que lhes estão associados.
Como o património agrícola mundial contribui para a manutenção da biodiversidade e é um meio de existência,
de aquisição de conhecimentos,
práticas e cultura,
deve ser reconhecido e apoiado para seguir a sua evolução e poder responder às necessidades das gerações futuras.
O SEPAM não pretende congelar e prender no tempo os sistemas agrícolas,
quer antes estimular uma «conservação dinâmica» através da criação de um equilíbrio entre a conservação,
a adaptação e o desenvolvimento socioeconómico.
Para travar a rápida degradação dos SEPAM,
é necessário reconhecer a sua natureza dinâmica.
A sua perenidade depende do poder de adaptação aos novos desafios sem perda de riquezas biológicas e culturais e capacidade produtiva.
Requer inovações agroambientais e sociais permanentes,
articuladas com uma transferência de conhecimentos e experiências acumulados ao longo de gerações.
A vontade de conservar os SEPAM «congelando-os no tempo» levaria de certeza à sua degradação e condenaria as comunidades à pobreza.
O objetivo da iniciativa é concentrar-se nos sistemas humanos de gestão e de conhecimentos,
incluindo os dispositivos sociais de organização económica e cultural que sustentam os processos de conservação e de adaptação dos SEPAM sem comprometer a sua continuidade,
sustentabilidade e integridade.
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