A população algarvia está a afastar-se da dieta mediterrânica

No primeiro dia da Universidade Pensar Global, Agir Local, organizada pela Associação In Loco em parceria com a Câmara Municipal de Loulé, a decorrer no antigo Convento do Espírito Santo e no Mercado Municipal, em Loulé, nos dias 13 e 14 de dezembro, foi apresentado “O Estado da Alimentação no Algarve: Resultados da avaliação regional do estudo de segurança alimentar”, que visa não só traçar um retrato das dificuldades que as famílias algarvias vivem no acesso à alimentação, como também avaliar o nível de adesão ao padrão alimentar da dieta mediterrânica. Este estudo resulta da primeira fase de trabalhos do projeto-piloto “Observatório de Segurança Alimentar do Algarve”, desenvolvido pela Associação In Loco em parceria com a Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve.

A partir um inquérito realizado a 384 agregados familiares por uma equipa de nutricionistas, conclui-se que 24% das famílias no Algarve apresentam um nível ligeiro de insegurança alimentar e que 57% dos algarvios sofrem de excesso de peso. De notar que o indicador da insegurança alimentar mede a falta de acesso regular e permanente a alimentos de qualidade.

A população algarvia está a afastar-se da dieta mediterrânica, havendo apenas 24,7% que revelou boa adesão ao padrão alimentar, o que leva os responsáveis do estudo a concluir que há mais insegurança alimentar quando há menos adesão à dieta mediterrânica.

A próxima etapa do projeto vai passar pela distribuição de um kit de sensibilização e educação alimentar composto por um vídeo com boas práticas, um manual para realizar ações de sensibilização e um livro de receitas e truques.