ATAHCA em defesa da extinção da Maçã de Galho Tenro

Segundo informações recolhidas pelo Semanário V junto do presidente da direção da ATAHCA, Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave, José Mota Alves, existem variedades de frutas com tendência a desaparecer.

O que, à partida, poderia parecer uma calamidade, pode tornar-se num “grande potencial”, através da valorização da raridade. Encontram-se assim espécimes valiosos, “algumas maçãs a chegar perto dos 20 euros por quilo” em Vila Verde, como é o caso da Maçã de Galho Tenro, presente, nomeadamente, na freguesia de Valdreu. José Mota Alves conta que esta maçã, mais ácida, era usada pelos agricultores para fazer vinho de maçã, ou seja cidra.

Refira-se que a Estratégia de Desenvolvimento (EDL) da ATAHCA contempla o financiamento de projetos que abranjam “uma actividade agrária estratégica para a valorização endógena do território”, como variedades regionais tradicionais, entre as quais a Maçã de Galho Tenro. Na mesma entrevista, José Mota Alves anunciou também que “está em curso um projeto para a preservação desta e de outros espécimes de fruta, em parceria com o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e com o Ministério da Agricultura”.

O presidente da direção da ATAHCA, também referiu que a existência de algumas empresas beneficiárias de fundos comunitários, geridos pela associação, que estão a apostar na transformação de diferentes variedades raras de maçã nacional para “tirar rendimento da fruta”, garantindo-se assim a preservação e a qualidade das frutas produzidas.