O dia “mundial” da bolota

No passado dia 10 de novembro festejou-se mais um dia “mundial” da bolota. Já lá vão oito, desde que esta ideia germinou na mente do professor de biologia Jorge Carecho, da Escola Secundária Quinta das Palmeiras, na Covilhã. Entretanto, não deixou de dar frutos, e já são muitos os sítios virtuais e reais que promovem e implementam esta ideia independente e arrojada.

Na sua origem, o dia mundial da bolota serve como pretexto para chamar atenção para o desaparecimento de florestas autóctones e motivar sobretudo os jovens a participarem na preservação e recuperação da natureza de todos. Este projeto de educação ambiental conta também com um blog «bologta: a bolota que tem um blog» recheado de relatos de atividades, partilhas de informações e trocas de experiências sobre germinação e propagação de bolotas e carvalhos. Os mais curiosos e entusiastas vão poder encontrar e descarregar ali a quarta edição do «Manual da bolota» que quer ser «um auxiliar para todos que queiram realizar atividades de conservação da Natureza que fomentem, efectivamente, uma nova atitude relativamente ao nosso património natural.»

No dia mundial da bolota, a tradição local instituída, há 8 anos, na Escola Secundária Quinta das Palmeiras quer que se distribuam junto dos alunos, funcionários e professores pacotinhos de papel com cinco a dez bolotas de carvalhos autóctones de Portugal e as respectivas instruções para a sementeira e germinação destas sementes. A sementeira pode ser realizada no campo ou em casa, em pequenos vasos.

A adesão ao dia é livre, assim como o modo de comemoração, o que importa é contribuir para a protecção e requalificação da floresta autóctone através do fruto do carvalho, sobreiro e azinheira.