“Produtos de Qualidade, Territórios e Gastronomia” em perspetiva

No dia 13 de junho, o Colóquio “Produtos de Qualidade, Territórios e Gastronomia”, integrado na participação da Minha Terra na FNA 2017 no âmbito do Projeto Plano de Informação LEADER 2020, projetou uma visão sobre esta temática segundo cinco perspetivas integradas.

Depis da abertura, a cargo da Diretora Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, Elizete Jardim, a mesa redonda, constituída por cinco oradores, e moderada pela presidente da Federação Minha Terra, Maria João Botelho, arrancou com uma perceção virtual dos produtos. Cristina Hagatong, da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), guiou os cerca de 40 participantes no colóquio numa visita pelo Sistema de valorização de produtos tradicionais portugueses, ilustrado através da sua página Produtos tradicionais portugueses e da marca coletiva de certificação “tradicional.PT”.

Seguiu-se Teresa Vivas, da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que partiu das raízes da palavra gastronomia e fez um breve retrato da gastronomia portuguesa, enquanto pilar da cultura nacional, por essência autêntica, rica e diversa e, por fim, objeto de atração e paixão com um potencial de valorização e promoção internacional ainda por explorar.

Na terceira parte desta viagem pela temática dos "Produtos de qualidade, territórios e gastronomia", Olga Cavaleiro, presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, falou na “Importância dos produtos de qualidade e do receituário na dinamização das economias locais”. Olga Cavaleiro qualificou as confrarias nacionais de “agências de comunicação do pequeno destino”, porque graças a elas “os pequenos pontos pretos no mapa” de Portugal “adquirem textura e aroma”. Mais ainda, no que respeita à Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal, é permitido falar numa agência de desenvolvimento local, visto que contribuiu para a divulgação e recuperação do património – a torre do antigo castelo de Tentúgal –, para a recuperação das tradições – envolvendo as crianças –, e para a divulgação do produto – três publicações.

Com base no caso ilustrativo da Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno, apresentado por Olga Cavaleiro, que garante em permanência a presença de um prato de anho assado com arroz de forno na ementa de pelo menos um dos restaurantes de Marco de Canaveses, Miguel Ventura, do GAL ADIBER/Beira Serra 14-20, levantou a questão da importância do escoamento dos produtos endógenos e da dificuldade em sensibilizar os empresários da área da restauração. A fundadora da Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal respondeu que os empresários da restauração deveriam não só conhecer os produtores, como o receituário de produtos tradicionais.

Artur Gregório, da Associação In Loco, fez uma exposição sobre a iniciativa “A Rota da Dieta Mediterrânica” e, nomeadamente, sobre o selo de identificação concebido para o visitante reconhecer e optar em conhecimento de causa não só por produtos locais de qualidade, como também por locais para desfrutar os produtos de qualidade – mercearias, ementas, lojas de artesãos, alojamento, projetos e atividades e património.

Por último, Ana Paula Xavier, em representação da Federação Minha Terra, falou dos apoios disponíveis no âmbito da Media 10 – LEADER/DLBC do PDR2020, e mais precisamente das tipologias mais indicadas no que respeita aos produtos de qualidade – Pequenos Investimentos na transformação e comercialização, Cadeias curtas e mercados locais e Promoção de produtos de qualidade locais.

As apresentações dos cinco oradores encontram-se também em anexo.