Workshop "Dinamização de CCA e Estratégias Alimentares Territoriais"

2019-10-25

Decorreu na passada segunda-feira, 21 de outubro, nas instalações do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV,) em Oeiras, o Workshop "Dinamização de CCA e Estratégias Alimentares Territoriais". O evento, organizado pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) em parceria com a Federação Minha Terra permitiu conhecer e discutir os benefícios dos Circuitos Curtos Agroalimentares e dos Sistemas Alimentares Locais para o desenvolvimento dos territórios, a partir da apresentação de casos bem-sucedidos, assim como os principais constrangimentos que enfrentam.

Após uma sessão de abertura que contou com intervenções da Presidente da Federação Minha Terra, Maria João Botelho e do Diretor-Geral da DGADR, Gonçalo de Freitas Leal, que fizeram uma introdução ao tema, tiveram lugar cinco apresentações de iniciativas promotoras de Circuitos Curtos Agroalimentares em Portugal e Espanha.

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Experiências de CCA

Numa primeira intervenção de enquadramento, Teresa Pinto Correia, professora da Universidade de Évora apresentou os Sistemas Alimentares Locais a partir da experiência do projeto SALSA que tem como objetivo avaliar o papel das pequenas empresas do setor agroalimentar, de produção, transformação e distribuição no sistema alimentar e na segurança e soberania alimentar.

Seguiu-se uma apresentação de António Zafra que deu a conhecer a iniciativa da Associação Subbética Ecológica, que promove circuitos curtos de comercialização na Andaluzia, no sul de Espanha, possuindo uma rede de 48 produtores que abastecem centenas de famílias, assim como mais de meia centena de grandes consumidores.

Seguiu-se a apresentação de três iniciativas de autarquias, nomeadamente das Câmaras Municipais de Torres Vedras, Fundão e Mértola. A vereadora Laura Alves apresentou o Programa de Alimentação Escolar que a autarquia torreense está a implementar e que consiste no fornecimento de refeições aos alunos das escolas do 1.º ciclo e do pré-escolar confecionadas a partir de produtos adquiridos localmente, buscando a sustentabilidade nutricional, ambiental e ecológico-social. Já Paulo Águas, vereador da autarquia do Fundão, apresentou uma iniciativa da Câmara, que na verdade abrange vários projetos/iniciativas de uma forma integrada, visando, entre outras coisas, o fornecimento de refeições equilibradas nas cantinas escolares a partir do que melhor se produz localmente, contribuindo para a diminuição do desperdício alimentar e também o apoio aos produtores locais no escoamento dos seus produtos. Finalizando a sessão da manhã Rosinda Pimenta, vereadora da Câmara Municipal de Mértola, apresentou a Rede Alimentar de Mértola, um projeto que inclui educação ambiental e pedagogia, num trabalho com as escolas que permite às crianças conhecer como se produzem os alimentos, capacitação dos produtores locais, apoio ao escoamento dos seus produtos ou ainda o desenvolvimento de uma “cintura hortícola” em torno de Mértola.

A parte da tarde iniciou com uma apresentação do Projeto Arouca Agrícola, por parte de António Carlos Duarte, coordenador da Associação Geopark Arouca. Este projeto alia o apoio aos produtores locais a escoar os seus produtos com a promoção turística do território, tendo também uma componente de consciencialização dos consumidores.

Mesa Redonda

Por fim decorreu uma Mesa Redonda, constituída pelos responsáveis pelas apresentações e ainda por Artur Gregório, da Associação In Loco e Cristina Barbosa da ADREPES, que apresentaram sucintamente as iniciativas “Prato Certo” e PROVE, respetivamente,  que contou com moderação de Isabel Rodrigo, professora do Instituto Superior de Agronomia, e diversas intervenções por parte dos participantes.

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Conclusões

Das experiências e do debate ressaltam algumas ideias a ter em consideração na conceção e implementação de CCA e Sistemas Alimentares Locais e na definição de políticas públicas para os apoiar, nomeadamente:

A relevância da educação e formação dos vários atores – produtores, consumidores, instituições locais e regionais – sobre os múltiplos benefícios dos CCA; a necessidade de dar a conhecer e valorizar socialmente os vários tipos de serviços do ecossistema proporcionados pelos CCA; a indispensabilidade do trabalho em rede e a integração dos CCA noutros tipos de iniciativas/programas; a importância de envolver os setores público, privado e social nas iniciativas de CCA; a relevância da aplicação de processos e metodologias participativas; a importância da criação de “marcas”/certificação específicas às iniciativas de CCA; a necessidade de formar adequada e permanentemente os produtores agrícolas; a obrigação de verter nas políticas públicas a valorização económica dos vários tipos de serviços do ecossistema proporcionados pelos CCA e a necessidade de criação de instrumentos de políticas públicas que incentivem e facilitem a criação e funcionamento de iniciativas de CCA.

Os vídeos, apresentações de diapositivos e conclusões estão disponíveis na página da Rede Rural Nacional, aqui.





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